Há algo de masturbatório, para não dizer punhetédrico, em blogar. Facilmente qualquer porcaria que se diga é catapultada para um, se não "o", meio de comunicação por excelência do séc XXI - a NET!
Eu ainda sou do tempo em que para sair qualquer coisa para o "exterior" era preciso efectuar algumas "demarches" para se conseguir a exposição necessária para dar ponta suficiente para tocar ao bicho em frente ao espelho. Hoje, qualquer linha de texto idiota chega aos 4 cantos do mundo, apesar de redondo, com a facilidade de um click. E a prova disso é este blog.
Vermo-nos transportados para o ciberespaço anima-nos, excita-nos, preenche-nos. Dá-nos a sensação de fazermos parte de um todo vanguardista enquanto que na realidade não passamos de fast-food para os ácaros da cadeira de secretária. Há quem leve mais longe o conceito e não se resuma a escrever as idéias que o apoquentam criando verdadeiros diários electrónicos numa tentativa vã de dar sentido à vida não vivida em frente a um monitor. O grito de desespero ecoa na gruta do medo de nos sentirmos sós, e que não haja ninguém que nos veja viver. Para isso, publica-se o dia-a-dia, o banal, ainda que bizarro, e todo e qualquer suspiro apático. E com isso ejaculamos, rejuvenescemos, e blogamos outra vez.
(o tempo cinzento anda a fazer-me mal)
2 comentários:
pois anda. prefiro o teu non sense.
Quem fala assim tem que ser gago..!
Vai-má bloga....!
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